segunda-feira, 31 de março de 2008

Res, non verba

Quanta bobagem neste tal caso do dossiê. Quanta celeuma por nada. É fácil perceber que o único objetivo da ô-posição é minar mais um ministro do governo Lula. É fato que a intelligentsia petista tem o mau hábito de dar tiros no pé. Mas fica claro também que a "oposição" quer uma cabeça a qualquer custo, seja a da ministra Dilma, ou de Erenice ou de Berenice. Não importa. Alguém tem que cair. Bastou o presidente Lula enfatizar o papel de Dilma como "mãe" do PAC para os adversários tramarem ferozmente contra ela. No entanto, os fatos insistem em contradizer o paluchiado. Enquanto o DEMo e o PSDB metralham o governo, Lula obtém a sua maior avaliação, 55%: trata-se de um recorde, tanto nos cinco anos de governo, quanto na comparação com os antecessores. A estratégia da "oposição" é sempre sabida demais. Aguardemos os próximos capítulos. O fato, este sim um fato, é que a chapa demotucana mostra cada vez mais que tem medo. E muito medo. Para não esquecermos jamais de Regina Duarte.

Negativi

César Vaia foi à Bahia pedir ajuda aos orixás. Deram-lhe vatapá, caruru e mungunzá. Mas nada de solucionar a epidemia no Rio de Janeiro. Parece que quando é desse jeito, nem os orixás metem a mão (sem trocadilho, é claro) ...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Chic no úrtimo

Antes exportávamos putas, travestis e jogadores de futebol. Agora exportamos também cafetinas. O leitor há de convir que se trata de um enorme avanço ...

Rio 40º

O Aedes Aegypti tem partido no Rio de Janeiro. Segundo o Datamaia, somente uma pessoa morreu em hospital municipal. E isto é quase um orgulho para o prefeito. Só nos resta lembrar que, de fato, "Nosso Tempo" é tempo de partido, tempo de homens partidos.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Semana Santa

Contam-me os mais velhos que nesta semana era proibido comer carne, ingerir bebidas alcoólicas, arrumar a casa e, em alguns casos, até tomar banho. Tanto era o respeito pelo “simbolismo religioso”. E ai de quem não cumprisse o receituário ! Hoje, quando se sabe que a idéia de Deus é um tanto vaga, pois o que vale mesmo é o consumismo desenfreado, tudo isso é ruína e parece não fazer o menor sentido. A religião tornou-se uma mercadoria como outra qualquer. Nosso deus é ainda mais invisível que um "Deus" e responde pelo nome de "mercado".

Cartões Corporativos

"O Fla-Flu surgiu quarenta minutos antes do nada".

terça-feira, 18 de março de 2008

Linha de Passe

Uma das maiores contradições do futebol brasileiro diz respeito ao constante embate talento x organização. É como se estivéssemos condenados a sempre superar todos os obstáculos com os matreiros da maravilha, em fulgurantes momentos de total magia. Proveniente desta, outras contradições aparecem. É notório que, desde Telê Santana, a maior parte de nossos técnicos são "homens sérios", respeitadores de esquemas táticos rigorosos, compreendidos como a única forma de "vencermos", sobretudo, após as fracassadas campanhas de 82 e 86. Afinal, no futebol de hoje, ninguém é bobo, repetem os sábios da bola. É como se, para equilibrarmos nosso talento a uma suposta racionalidade do jogo, tivéssemos que obrigatoriamente ter como comandante maior os Lazaronis, Parreiras, Zagallos, Felipões e Dungas da vida. Tudo para colocar ordem na casa. Criou-se uma falsa dicotomia entre "vencer" e "jogar bem": dentro de um raciocínio primário, pensa-se que, ao jogar bonito, fatalmente a equipe está fadada a perder. E nem se pode dizer que a diferença é o fato de o futebol atual ser mais pragmático. Ora, o pragmatismo de antes era o gol e as partidas terminavam com o placar sempre elástico. Já o pragmatismo de hoje redunga em resultados magros e jogos enfadonhos. Não é este o xis. Mas, que a beleza no futebol de hoje reserva-se às entrelinhas, somente aqui e acolá, parece ser algo realmente indiscutível. O sentimento é de gol anulado: com ótimos jogadores, conseguimos apenas times medianos. Nada me aborrece mais do que justificar esse procedimento tosco com a derrota do time de Telê. Cheira a maldade e mediocridade.


Segue abaixo o famoso ensaio de Pier Paolo Pasolini sobre o futebol da Itália e do Brasil na Copa de 70. Apesar do tempo, acredito que o texto é ainda atual ...

O gol fatal


Em meio ao debate atual sobre os problemas lingüísticos que separam artificialmente literatos de jornalistas e jornalistas de jogadores, fui indagado por um gentil repórter do "Europeo"; mas as minhas respostas saíram cortadas e depauperadas no tablóide (por causa das exigências jornalísticas!). Porém, como o assunto me interessa, gostaria de voltar a ele com mais calma e com a plena responsabilidade sobre aquilo que digo.O que é uma língua? "Um sistema de signos", responde do modo hoje mais exato um semiólogo. Mas esse "sistema de signos" não é apenas, necessariamente, uma língua escrita-falada (esta que usamos agora, eu escrevendo e você, leitor, lendo).Os "sistemas de signos" podem ser muitos. Tomemos um caso: eu e você, leitor, estamos numa sala onde também estão presentes [o jornalista e ex-porta-voz do presidente italiano Alessandro Pertini, Antonio] Ghirelli e [o jornalista esportivo da Itália Gianni] Brera, e você quer me dizer algo sobre Ghirelli que Brera não deve ouvir. A situação impede que você me fale por meio do sistema de signos verbais, e então é preciso recorrer a um outro sistema de signos, por exemplo, o da mímica; aí você começa a revirar os olhos, a entortar a boca, a agitar as mãos, a ensaiar gestos com os pés etc.Você é o "cifrador" de um discurso "mímico" que eu decifro: isso significa que possuímos em comum um código "italiano" de um sistema de signos mímico.

Pintura, cinema e futebol

Outro sistema de signos não-verbal é o da pintura; ou o do cinema; ou o da moda (objeto de estudo de um mestre nesse campo, Roland Barthes) etc. O jogo de futebol também é um "sistema de signos", ou seja, é uma língua, ainda que não-verbal. Por que digo isso (que em seguida pretendo desenvolver esquematicamente)? Porque a "querelle" que contrapõe a linguagem dos literatos à dos jornalistas é falsa. E o problema é outro.Vejamos. Toda língua (sistema de signos escritos-falados) possui um código geral. Tomemos o italiano: usando esse sistema de signos, eu e você, leitor, nos entendemos porque o italiano é um patrimônio nosso, comum, "uma moeda de troca". Entretanto cada língua é articulada em várias sublínguas, e cada uma destas possui, por sua vez, um subcódigo: os italianos médicos se compreendem entre si -quando falam o jargão especializado- porque todos eles conhecem o subcódigo da língua médica; os italianos teólogos se compreendem entre si porque detêm o subcódigo do jargão teológico etc. etc.A língua literária é também uma língua de jargão, com um subcódigo próprio (em poesia, por exemplo, em vez de dizer "speranza" é possível dizer "speme", mas nós não estranhamos essa coisa engraçada porque se sabe que o subcódigo da língua literária italiana demanda e admite que, em poesia, sejam usados latinismos, arcaísmos, palavras truncadas etc. etc.).O jornalismo não é senão um ramo menor da língua literária: para compreendê-lo, valemo-nos de uma espécie de sub-subcódigo. Em palavras pobres, os jornalistas são simplesmente escritores que, a fim de vulgarizar e simplificar conceitos e representações, se valem de um código literário, digamos -para ficarmos no campo esportivo-, de segunda divisão. Assim a linguagem de Brera é de segunda divisão se comparada à linguagem de Carlo Emilio Gadda [escritor italiano, 1893-1973] e de Gianfranco Contini [crítico literário].E a língua de Brera é, talvez, o caso mais bem qualificado do jornalismo esportivo italiano.Portanto não existe conflito "real" entre escritura literária e jornalística: o problema é que esta, coadjuvante como sempre foi, agora exaltada por seu uso na cultura de massa (que não é popular!), encampa pretensões um tanto soberbas, de "parvenu". Mas vamos ao futebol.O futebol é um sistema de signos, ou seja, uma linguagem. Ele tem todas as características fundamentais da linguagem por excelência, aquela que imediatamente tomamos como termo de comparação, isto é, a linguagem escrita-falada.

"Podemas"

De fato as "palavras" da linguagem do futebol são formadas exatamente como as palavras da linguagem escrita-falada. Ora, como se formam estas últimas? Formam-se por meio da chamada "dupla articulação", isto é, por infinitas combinações dos "fonemas" -que, em italiano, são as 21 letras do alfabeto.Os "fonemas" são, pois, as "unidades mínimas" da língua escrita-falada. Se quisermos nos divertir definindo a unidade mínima da língua do futebol, podemos dizer: "Um homem que usa os pés para chutar uma bola". Aí está a unidade mínima, o "podema" (se quisermos continuar a brincadeira). As infinitas possibilidades de combinação dos "podemas" formam as "palavras futebolísticas"; e o conjunto das "palavras futebolísticas" constitui um discurso, regulado por normas sintáticas precisas.Os "podemas" são 22 (mais ou menos como os fonemas): as "palavras futebolísticas" são potencialmente infinitas, porque infinitas são as possibilidades de combinação dos "podemas" (o que, em termos práticos, equivale às passagens da bola entre os jogadores); a sintaxe se exprime na "partida", que é um verdadeiro discurso dramático.Os cifradores desta linguagem são os jogadores; nós, nas arquibancadas, somos os decifradores: em comum, possuímos um código.Quem não conhece o código do futebol não entende o "significado" das suas palavras (os passes) nem o sentido do seu discurso (um conjunto de passes).Não sou nem Roland Barthes [1915-1980] nem Greimas [lingüista, 1917-92], mas, como diletante, se quisesse, poderia escrever um ensaio sobre a "língua do futebol" bem mais convincente do que este artigo. Aliás, penso que se poderia escrever um belo ensaio intitulado "Propp Aplicado ao Ludopédio", já que, naturalmente, como qualquer língua, o futebol tem o seu momento puramente "instrumental", rígida e abstratamente regulado pelo código, e o seu momento "expressivo".Pouco antes, disse que toda língua se articula em várias sublínguas, cada qual com um subcódigo.Pois bem, com a língua do futebol também é possível fazer distinções desse tipo: o futebol também possui subcódigos, na medida em que, de puramente instrumental, se torna expressivo.Há futebol cuja linguagem é fundamentalmente prosaica e outros cuja linguagem é poética. Para explicar melhor a minha tese, darei -antecipando as conclusões- alguns exemplos: [o meio-de-campo italiano] Bulgarelli joga um futebol de prosa, é um "prosador realista"; Riva [maior goleador da história da seleção italiana] joga um futebol de poesia, é um "poeta realista".Corso joga um futebol de poesia, mas não é um "poeta realista": é um poeta meio "maudit", extravagante.

Prosa e poesia

[Gianni] Rivera [meio-campista italiano que disputou a final da Copa de 1970, contra o Brasil] joga um futebol de prosa: mas sua prosa é poética, de "elzevir".Também Mazzola [João José Altafini. Jogou pelo Palmeiras e pela seleção brasileira, sendo campeão em 1958. Depois se transferiu para a Itália e se naturalizou italiano, chegando a jogar pela seleção na final da copa de 70 contra o Brasil] é um prosador elegante e poderia até escrever no "Corriere della Sera", mas é mais poeta que Rivera: de vez em quando ele interrompe a prosa e inventa, de repente, dois versos fulgurantes.Note-se que não faço distinção de valor entre a prosa e a poesia; minha distinção é puramente técnica.Entretanto nos entendamos. A literatura italiana, sobretudo a mais recente, é a literatura dos "elzevires": os escritores são elegantes e, no limite, estetizantes; a substância é quase sempre conservadora e meio provinciana... Em suma, democrata-cristã. Todas as linguagens faladas em um país, mesmo as mais especializadas e espinhosas, têm um terreno comum, que é a cultura desse país: a sua atualidade histórica.
Assim, justamente por razões de cultura e de história, o futebol de alguns povos é fundamentalmente de prosa, seja ela realista ou estetizante (este último é o caso da Itália); ao passo que o futebol de outros povos é fundamentalmente de poesia.Há no futebol momentos que são exclusivamente poéticos: trata-se dos momentos de gol. Cada gol é sempre uma invenção, uma subversão do código: cada gol é fatalidade, fulguração, espanto, irreversibilidade. Precisamente como a palavra poética. O artilheiro de um campeonato é sempre o melhor poeta do ano. Neste momento, [Giuseppe] Savoldi [jogador do Bolonha, do Nápoli e da seleção italiana] é o melhor poeta. O futebol que exprime mais gols é o mais poético.O drible é também essencialmente poético (embora nem sempre, como a ação do gol). De fato, o sonho de todo jogador (compartilhado por cada espectador) é partir da metade do campo, driblar os adversários e marcar. Se, dentro dos limites permitidos, é possível imaginar algo sublime no futebol, trata-se disso. Mas nunca acontece. É um sonho (que só vi realizado por Franco Franchi [1922-92, um dos principais nomes do cinema cômico italiano] nos "Mágicos da Bola", o qual, apesar do nível tosco, conseguiu ser perfeitamente onírico).Quem são os melhores dribladores do mundo e os melhores fazedores de gols? Os brasileiros. Portanto o futebol deles é um futebol de poesia -e, de fato, está todo centrado no drible e no gol.A retranca e a triangulação é futebol de prosa: baseia-se na sintaxe, isto é, no jogo coletivo e organizado, na execução racional do código. O seu único momento poético é o contrapé seguido do gol (que, como vimos, é necessariamente poético). Em suma, o momento poético do futebol parece ser (como sempre) o momento individualista (drible e gol; ou passe inspirado).O futebol de prosa é o do chamado sistema (o futebol europeu). Nesse esquema, o gol é confiado à conclusão, possivelmente por um "poeta realista" como Riva, mas deve derivar de uma organização de jogo coletivo, fundado por uma série de passagens "geométricas", executadas segundo as regras do código (nisso Rivera é perfeito, apesar de Brera não gostar, porque se trata de uma perfeição meio estetizante, não-realista, como a dos meio-campistas ingleses ou alemães).O futebol de poesia é o latino-americano. Esquema que, para ser realizado, demanda uma capacidade monstruosa de driblar (coisa que na Europa é esnobada em nome da "prosa coletiva"): nele, o gol pode ser inventado por qualquer um e de qualquer posição. Se o drible e o gol são o momento individualista-poético do futebol, o futebol brasileiro é, portanto, um futebol de poesia. Sem fazer distinção de valor, mas em sentido puramente técnico, no México [em 1970] a prosa estetizante italiana foi batida pela poesia brasileira.

sábado, 15 de março de 2008

Fora de Ordem

Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final

sexta-feira, 7 de março de 2008

Encerramento e Gran-Finale

Nada te sucederá
Porque inerme deste o teu afeto
Nos socos do coração
Te levarei
Nas quatro sacadas fechadas
Do coração

Deixei de ser o desmemoriado das idades de ouro
O mago anterior a toda cronologia
O refém de Deus
O poeta vestido de folhagem
De cocos e de crânios
Alba
Alfaia
Rosa dos Alkmin
Dia e noite do meu peito que farfalha

A teu lado
Terei o mapa-múndi

Em minhas mãos infantes
Quero colher
O fruto crédulo das semeaduras
Darei o mundo
A um velho de juba
A seu procurador mongol
E a um amigo meu
Com que pretenderam
Encarcerar o sol

Viveremos
O corsário e o porto
Eu para você
Você para mim
Maria Antonieta d´Alkmin

Para lá da vida imediata
Das tripulações de trincheira
Que hoje comigo
Com meus amigos redivivos
Escutam os assombrados
Brados de vitória
De Stalingrado

São Paulo - dezembro de 1942

ANDRADE, Oswald de. "Cânticos dos Cânticos para Flauta e Violão". In: Cadernos de Poesia do Aluno Oswald (Poesias Reunidas). São Paulo: Círculo do Livro, s/d.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Não existe pecado do lado de baixo do Equador

Uribe, Chávez e Correa aparentemente se acalmaram. Intriga ainda o fato de a OEA não condenar diretamente a Colômbia pela invasão ao Equador. Agora, se a guerra fosse declarada, certamente não fugiria à luta, mas trataria de salvar a mi-carême ...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Trazer agora o futuro para já

A verdade tem seu tempo e o tempo, suas verdades. Se eu dissesse que meu esforço é trazer agora o futuro para já, isso tem muitos desdobramentos. Se fosse frase de Clarice seria a busca de um instante-já. Mas se fosse pronunciada hoje, anonimamente, poderia ser tão melancólica que melhor seria não dizer nada. Quando digo "farei", "verei", "gozarei", tudo isto é dito num presente, é claro. Mas esse “trazer o futuro para o presente” pode ser duplicado, pois parece que hoje o futuro já não vem, ele é sempre adiado e o que resta é um eterno e não terno presente que perece e não passa. O futuro não vem porque já é. E continuará. Talvez quiséssemos palavras mais exatas, mas elas não nos bastam. Incharam de tão vazias. Se fossem onomatopéias, imitariam outro som, e se isto não é suficiente seria pelo menos um indício, uma metáfora, outras palavras, um outro. É preciso dizer que a verdade pode ser também atemporal, tal como o tempo tem das suas mentiras. Entre um e outro, jogo de xadrez com a morte, vivemos.

Colisão de paralelas

A presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara ficará com o deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS), conhecido por pertencer à "bancada da bala".

terça-feira, 4 de março de 2008

Vacas Magras

Milton Neves acertou em cheio quando apelidou Robinho de Róbson Arantes do Nascimento. Sobretudo quando se percebe que o Santos tem hoje as viúvas do Robinho tal como teve outrora as viúvas do Pelé.

Em terra de cego ...

Mesmo depois de muitas feijoadas, o "Fenômeno" se tornou em 2006 o maior artilheiro de todas as Copas. Os craques são assim. Sem a forma física ideal, conseguem na malícia da maestria e no visgo do improviso decidir uma partida. Contudo, a limitação física de Ronaldo era algo muito real. Fazia-se necessário, portanto, um companheiro de ataque lépido e habilidoso, no caso, Robinho. Mas a dupla Gagueira-Zégalo não via assim. Ambos achavam que Adriano era a melhor opção. Deu no que deu ... O Rancho Nordestino se tornou então o palco triste da derrota do Brasil. Vimo-lo cheio e logo depois vazio, às moscas. Devo dizer, entretanto, que l'Imperatore jamais me enganou. E se observarmos bem o ataque da Azzurra nas últimas competições, saberemos por que o apelido foi conferido tão prontamente pela imprensa italiana. No São Paulo Adriano dá mostras de que é um jogador normal, de clube, no máximo um bom jogador, como tantos e tantos outros.

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Flagrado em conversa comprometedora, o ex-deputado Gilberto Gonçalves (PTN-AL) reconhece que a busca pelo poder não dá em nada. Desiludido, ele afirma: "a política foi uma cachaça que tomei". Certamente não foi das melhores ...

Gandavo

Na latumia da folha o exemplo maior de "fundação" se limita a Brasília. No túmulo do samba, por certo, tudo ocorre às mil maravilhas ...