domingo, 31 de agosto de 2014

Mambembe - Chico Buarque e Roberta Sá

Cantor Otto está com Dilma

A mística marinista

Empatada com a presidente Dilma Rousseff no primeiro turno, com 34% das preferências, e tendo dez pontos de vantagem sobre a petista num eventual segundo turno (50% a 40%), a candidata do PSB, Marina Silva, viu confirmar-se na pesquisa Datafolha o fenômeno de sua ascensão eleitoral.
Assumindo de forma inédita a condição de protagonista, Marina terá sobre si todos os holofotes. Não só a curiosidade dos eleitores em relação a seus planos aumentará, mas também os ataques de seus adversários se intensificarão.
Seu programa de governo veio em boa hora para atender o interesse que seu crescimento estimulou --e merecerá análise e debate detalhados nos próximos dias. A imprensa, quanto a isso, terá papel importante a desempenhar.
Mas se Marina Silva alcança destaque tão notável, isso se deve menos a pontos específicos do programa de seu partido --um legado de Eduardo Campos, na verdade-- e mais à densidade simbólica que cerca sua imagem pessoal.
O caso Marina constitui um paradoxo em que as críticas parecem reforçar a própria figura que se quer desconstruir. Não é difícil identificar exemplos disso.
Proveniente do PT e alinhada durante toda sua trajetória a propostas de esquerda, Marina agora defende a independência do Banco Central e se cerca de personalidades ligadas ao mercado financeiro.
Aponta-se a contradição, ou o que há de indefinido nisso, e o discurso marinista traz a resposta engenhosa: trata-se de superar dicotomias, de governar "com os melhores", de reconhecer, sem preconceitos de classe, a importância das elites na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.
A indefinição se transforma, magicamente, em virtude; a ampliação das alianças à direita não descaracteriza a postulação porque, no fundo, o prestígio de Marina chancela tudo. Com a ideia da "nova política" ocorre a mesma coisa.
Aliando-se no ano passado ao PSB, Marina quis dar continuidade a seu projeto pessoal. Da ausência de base partidária genuína, cria-se a mística de uma candidatura que supera partidarismos.
Deixarão de existir? Estarão as "pessoas de bem" de acordo em tudo? Não haveria uma aposta messiânica no poder de arbitrar, acima das instituições, divisões de interesses que seu discurso minimiza?
São fragilidades evidentes na postulação --e fatores de risco para um eventual governo seu.
Parecem, ao mesmo tempo, eficazes instrumentos de campanha, criando a imagem de uma oposição que não é oposição, de uma amplitude de enraizamento social que se resume a um ápice iluminado, de uma maioria espelhada numa só pessoa, na qual tudo mais se projeta do que se representa, mais se imagina do que se verifica.
O que isso possa ter de messiânico e de religioso, ou de inovador e consistente, é uma pergunta a ser respondida --espera-se-- no decorrer da campanha eleitoral.

Editorial - Folha de São Paulo (31/8/2014)

Chaplin e Hitler

Havia um trabalho subterrâneo para que o Departamento de Estado expulsasse Chaplin do território norte-americano.
A luta estava nesses termos quando estoura a guerra de 1939. Ele sabe que, mais uma vez, diversos interesses estão em jogo. Interesses econômicos, luta por mercados consumidores e zonas de influência --as motivações de sempre.
Os Estados Unidos mantinham-se em prudente cautela, sem tomar partido no conflito. O governo esperou dois anos, esperou pelo massacre de Pearl Harbor para tomar uma decisão. A questão é muito controversa e devemos admitir que Roosevelt lutava contra as forças ocultas que sempre são eficientes em horas assim. O estadista do New Deal tinha uma política nitidamente antifascista, mas era quase uma voz isolada clamando na Casa Branca.
Precisou que a própria história criasse as condições objetivas para a decisão --e é possível, segundo alguns, que o próprio governo de Roosevelt tenha cooperado, por omissão ou tática, na catástrofe de Pearl Harbor.
O lançamento de "The Great Dictator" ("O Grande Ditador") provocou cólera em Hitler. Foram empreendidas diligências diplomáticas entre Berlim e Washington e o embaixador Hans-Heinrich Dieckhoff, representante oficial de Hitler junto ao governo dos Estados Unidos, ameaçou precipitar certas represálias.
Àquela época, os Estados Unidos mantinham vastos mercados consumidores na zona centro-europeia. A economia e o futuro da nação exigiam prudência. Os horizontes da guerra não estavam delineados, a impressão dominante era que Hitler sairia vencedor, e em breve espaço de tempo. Desta forma, o filme de Chaplin foi interditado, em nome das boas relações entre Washington e Berlim. Só ano e meio depois --depois de Pearl Harbor-- o filme foi novamente liberado.

Carlos Heitor Cony
Folha de São Paulo, 31/8/2014

Desvendando Marina

A inesperada candidatura da sra. Marina Silva à Presidência da República deixa perplexos tanto a população como a opinião pública, inclusive os mais avisados. Todos reconhecem sua honestidade e inquestionável obstinação pelo progresso do homem brasileiro. Mas, por que então esse embaraço? Essa inquietação? Detecto, em casos extremos, cidadãos bem-intencionados que dizem que votarão em Marina, mas que, consciente ou inconscientemente, preferem que ela perca. Por que essa ambivalência?
Não é por causa de seu apego a questões ecológicas, certamente, pois percebemos que as circunstâncias e as necessidades materiais imporão limites realistas a eventuais ações nesse campo. Não é por medo de inadequação em gestão, pois sua equipe, principalmente aquela que a assistia quando montava o seu partido, a Rede, inclui executivos, economistas e intelectuais reconhecidamente competentes.
Resta considerar suas crenças mais íntimas, inclusive religiosas, por que não? Minha convicção é a de que o comentarista não tem o direito de especular sobre a religião das pessoas que analisa. Todavia, há exceções quando se suspeita que essas crenças possam ter influência no bem-estar do povo. É o caso de fundamentalismos, inclusive o criacionismo. Marina Silva, no passado, admitiu essa sua convicção. Ultimamente, evita discussões sobre o problema.
Pois bem, não me sinto confortável em ter como presidente uma pessoa que acredita concretamente que o Universo foi criado em sete dias há apenas 4.000 anos, aproximadamente.
Pois, para isso, é preciso ignorar a montanha de dados cientificamente incontornáveis e todo o patrimônio intelectual que a humanidade acumulou durante séculos. Percebo no fundamentalista cristão uma arrogância incomensurável, que apenas pode ser entendida como uma perversão intelectual, que não pode deixar de impor tendências cujos limites são imprevisíveis.
Muitos de seus seguidores vão perguntar qual seria a explicação para o fato de que tantos intelectuais (ou seriam pseudointelectuais) tivessem se integrado à Rede? Pois bem, Marina é um tesouro eleitoral, arrasta com ela uma multidão de eleitores bem-intencionados. Teria sido pelas suas ideias que esses economistas e intelectuais aderiram à Rede ou seria por causa do caudal aurífero eleitoral que, na sua liderança, perceberam?
Outros vão interpor contestações subjetivas como aquelas relacionadas às suas incontestáveis qualidades, tais como articulação oral, capacidade como debatedora, eloquência etc. Ora, o fenômeno que foi chamado originariamente "idiot–savant" (savantismo) é hoje universalmente aceito.
A ciência reconhece que o cidadão pode atuar de maneira coerente em um campo, ser mesmo genial, enquanto em outras áreas do comportamento mostra-se incapaz, por vezes incontrolável. Ou seja, pior ainda. O fundamentalismo de Marina Silva não decorre da ignorância, mas de um defeito de percepção. Os especialistas chamam essa condição de desordem do desenvolvimento neural.
Essa é a razão por que espero que Marina não ganhe esta eleição.

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 83, físico, é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha

Folha de São Paulo, 31/8/2014

sábado, 30 de agosto de 2014

7 motivos pelos quais Marina Silva não representa a “nova política”

Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora do programa de governo de Marina Silva, a candidata e seu vice, Beto Albuquerque

É comum eleitores justificarem o voto em Marina Silva para presidente nas Eleições 2014 afirmando que ela representaria uma “nova forma de fazer política”. Abaixo, sete razões pelas quais essa afirmação não faz sentido:
1. Marina Silva virou candidata fazendo uma aliança de ocasião. Marina abandonou o PT para ser candidata a presidente pelo PV. Desentendeu-se também com o novo partido e saiu para fundar a Rede -- e ser novamente candidata a presidente. Não conseguiu apoio suficiente e, no último dia do prazo legal, com a ameaça de ficar de fora da eleição, filiou-se ao PSB. Os dois lados assumem que a aliança é puramente eleitoral e será desfeita assim que a Rede for criada. Ou seja: sua candidatura nasce de uma necessidade clara (ser candidata), sem base alguma em propostas ou ideologia. Velha política em estado puro.
2. A chapa de Marina Silva está coligada com o que de mais atrasado existe na política. Em São Paulo, o PSB apoia a reeleição de Geraldo Alckmin, e é inclusive o partido de seu candidato a vice, Márcio França. No Paraná, apoia o também tucano Beto Richa, famoso por censurar blogs e pesquisas. A estratégia de “preservá-la” de tais palanques nada mais é do que isso, uma estratégia. Seu vice, seu partido, seus apoiadores próximos, seus financiadores e sua equipe estão a serviço de tais candidatos. Seu vice, Beto Albuquerque, aliás, é historicamente ligado ao agronegócio. Tudo normal, necessário até. Mas não é “nova política”.
3. As escolhas econômicas de Marina Silva são ainda mais conservadoras que as de Aécio Neves. A campanha de Marina é a que defende de forma mais contundente a independência do Banco Central. Na prática, isso significa deixar na mão do mercado a função de regular a si próprio. Nesse modelo, a política econômica fica nas mãos dos banqueiros, e não com o governo eleito pela população. Nem Aécio Neves é tão contundente em seu neoliberalismo. Os mentores de sua política econômica (futuros ministros?) são dois nomes ligados a Fernando Henrique: Eduardo Giannetti da Fonseca e André Lara Rezende, ex-presidente do BNDES e um dos líderes da política de privatizações de FHC. Algum problema? Para quem gosta, nenhum. Não é, contudo, “uma nova forma de se fazer política”.
4. O plano de governo de Marina Silva é feito por megaempresários bilionários. Sua coordenadora de programa de governo e principal arrecadadora de fundos é Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal e acionista do Itaú. Outro parceiro antigo é Guilherme Leal. O sócio da Natura foi seu candidato a vice e um grande doador financeiro individual em 2010. A proximidade ainda mais explícita no debate da Band desta terça-feira. Para defendê-los, Marina chegou a comparar Neca, herdeira do maior banco do Brasil, com um lucro líquido de mais de R$ 9,3 bilhões no primeiro semestre, ao líder seringueiro Chico Mendes, que morreu pobre, assassinado com tiros de escopeta nos fundos de sua casa em Xapuri (AC) em dezembro de 1988. Devemos ter ojeriza dos muito ricos? Claro que não. Deixar o programa de governo a cargo de bilionários, contudo, não é exatamente algo inovador.
5. Marina Silva tem posições conservadoras em relação a gays, drogas e aborto. O discurso ensaiado vem se sofisticando, mas é grande a coleção de vídeos e entrevistas da ex-senadora nas quais ela se alinha aos mais fundamentalistas dogmas evangélicos. Devota da Assembleia de Deus, Marina já colocou-se diversas vezes contra o casamento gay, contra o aborto mesmo nos casos definidos por lei, contra a pesquisa com células-tronco e contra qualquer flexibilização na legislação das drogas. Nesses temas, a sua posição é a mais conservadora dentre os três principais postulantes à Presidência.
6. Marina Silva usa o marketing político convencional. Como qualquer candidato convencional, Marina tem uma estrutura robusta e profissionalizada de marketing. É defendida por uma assessoria de imprensa forte, age guiada por pesquisas qualitativas, ouve marqueteiros, publicitários e consultores de imagem. A grande diferença é que Marina usa sua equipe de marketing justamente para passar a imagem de não ter uma equipe de marketing.
7. Marina Silva mente ao negar a política. A cada vez que nega qualquer um dos pontos descritos acima, a candidata falta com a verdade. Ou, de forma mais clara: ela mente. E faz isso diariamente, como boa parte dos políticos dos quais diz ser diferente.
Há algum mal no uso de elementos da política tradicional? Nenhum. Dentro do atual sistema político, é assim que as coisas funcionam. E é bom para a democracia que pessoas com ideias diferentes conversem e cheguem a acordos sobre determinados pontos. Isso só vai mudar com uma reforma política para valer, algo que ainda não se sabe quando, como e se de fato será feita no Brasil.
Aécio tem objetivos claros. Quer resgatar as bandeiras históricas do PSDB, fala em enxugamento do Estado, moralização da máquina pública, melhora da economia e o fim do que considera um assistencialismo com a população mais pobre. Dilma também faz política calcada em propósitos claros: manter e aprofundar o conjunto de medidas do governo petista que estão reduzindo a desigualdade social no País.
Se você, entretanto, não gosta da plataforma de Dilma ou da de Aécio e quer fortalecer “uma nova forma de fazer política”, esqueça Marina e ouça Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) com mais atenção.
De Marina Silva, espere tudo menos a tal “nova forma de fazer política”. Até agora a sua principal e quase que única proposta é negar o que faz diariamente: política.
CartaCapital
por Lino Bocchini — publicado 27/08/2014 14:10, última modificação 27/08/2014 16:07

Refém de Malafaia, em menos de 24 horas Marina volta atrás e muda programa de governo



Comitê da candidata do PSB à Presidência afirma ter havido ‘falha processual na editoração’ do programa lançado e divulga ‘errata’

Decorridas menos de 24 horas do lançamento oficial de seu programa de governo, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, emitiu nota oficial para retificar o que havia prometido em relação à defesa dos direitos da população homossexual.
Alegando “falha processual na editoração do texto” divulgado, ela recuou em relação aos pontos mais polêmicos e rejeitados pelos pastores de denominações evangélicas, onde se abriga parte considerável de seu eleitorado.
Ontem, após a divulgação do programa, ao mesmo tempo que as redes sociais registravam manifestações de apoio da comunidade LGBT, pastores e políticos da bancada evangélica disparavam críticas, insinuando que Marina perderia o apoio do eleitorado de suas igrejas.
Um dos pontos que mais deixam evidente o recuo da candidata, que pertence à igreja Assembleia de Deus, é a supressão da promessa de “articular no Legislativo a votação da PLC 122″. O objetivo desse projeto de lei, que tramita desde 2006, é equiparar o crime de homofobia ao racismo, com a aplicação das mesmas penas previstas em lei.
Desde que surgiu, ele tem sido combatido pela bancada evangélica, com o argumento de que pastores que atacarem a homofobia em seus programas de rádio e TV também poderão criminalizados, o que seria uma restrição do ponto de vista da liberdade religiosa.
Outro recuo dos mais notáveis se refere à união entre pessoas do mesmo sexo. Na versão original, Marina prometeu “apoiar propostas em defesa do casamento civil e igualitária com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil”. Na proposta modificada, ela diz que vai “garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Em outras palavras, ela vai se limitar a cumprir determinações legais já existentes, que surgiram do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo e obriga os cartórios a registrar essas uniões. A promessa, portanto, apenas informa que a determinação do Supremo será cumprida. O que os gays reivindicam é uma lei que garanta o direito à união na Constituição. Isso os deixaria livres de mudanças nas interpretações do STF e do CNJ. Em outras palavras, teriam mais segurança.
Kit escolar. Marina se igualou à atual presidente Dilma Rousseff ao suprimir do programa a promessa de “desenvolver material didático destinado a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual e as novas formas de família”.
Em 2011, pressionada pela bancada evangélica no Congresso, Dilma interrompeu a distribuição de material didático que se destinava justamente a combater a intolerância nas escolas, afirmando que seu governo não faria divulgação de nenhum tipo de orientação sexual. De la cá para cá, Dilma tem sido duramente criticada pela comunidade LGBT por essa decisão. Na sexta-feira, com a divulgação de seu programa, Marina ganhou elogios de quase toda a comunidade, que voltou a se lembrar da atitude de Dilma.
O terceiro ponto mais notável é o que trata da aprovação do Projeto de Lei da Identidade de Gênero Brasileira, mais conhecida como Lei João Nery. Seu objetivo é regulamentar o direito à troca de nomes de transexuais e travestis, dispensando a enorme burocracia que são obrigados a enfrentar hoje. Marina havia prometido mobilizar a bancada de governo no apoio à lei. No texto divulgado ontem, ela suprimiu a intenção de trabalhar pela aprovação.

PS do Viomundo: A pergunta deste site é muito simples. Você quer ser governado pelo pastor Silas Malafaia? Pelo papa Francisco? Pelos herdeiros da mãe menininha do Gantois? Ou você considera tudo isso uma questão de foro íntimo e não quer misturar Estado e religião? Você quer revogar a revolução francesa de 1789? É mesmo? Então, boas vindas à Idade Média.

publicado em 30 de agosto de 2014 às 14:51
Viomundo

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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

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