quarta-feira, 30 de junho de 2010
SP tem 160 pedágios
Disparos certeiros
Declarações de Johan Cruyff, o maior jogador de futebol da história da Holanda:
“Cadê o time brasileiro que todos nós conhecemos? Lembro de jogadores como Gerson, Tostão, Sócrates, Falcão, Zico. Agora, só vejo Gilberto, Melo, Bastos, Julio Baptista”.
“Onde está a magia brasileira? Posso entender por que Dunga chamou alguns desses jogadores, mas cadê o armador, a habilidade no meio-campo?”
“Eu não acho que nenhum espectador gostaria de pagar para ver esse time. Eu nunca compraria um ingresso”.
“Eles têm jogadores talentosos, mas jogam de uma maneira defensiva e pouco empolgante. É uma vergonha para o torneio. Os torcedores sempre querem apreciar o futebol brasileiro, a fantasia que eles trazem para a Copa do Mundo, mas não terão nada disso agora”.
Amigas
terça-feira, 29 de junho de 2010
Embriagai-vos
É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o fardo horrível do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem tréguas.
Mas – de quê ? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, sobre os degraus de um palácio, sobre a verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:
- É a hora da embriaguez ! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embragai-vos sem cessar !
De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.

Laranja Mecânica
Seleção Japonesa
Pedágios paulistas
sábado, 26 de junho de 2010
Música que faz sucesso em mim
O samba é pai do prazer
O samba é filho da dor
O grande poder transformador
"Desde que o samba é samba", Caetano Veloso
Filme de Terror?

Fugaz
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Um tempo e outro tempo
terça-feira, 15 de junho de 2010
Segundo Tempo
Primeiro tempo
domingo, 13 de junho de 2010
É o silêncio ...
É o silêncio, é o cigarro e a vela acesa.
Olha-me a estante em cada livro que olha.
E a luz nalgum volume sobre a mesa...
Mas o sangue da luz em cada folha.
Não sei se é mesmo a minha mão que molha
A pena, ou mesmo o instinto que a tem presa.
Penso um presente, num passado. E enfolha
A natureza tua natureza.
Mas é um bulir das cousas... Comovido
Pego da pena, iludo-me que traço
A ilusão de um sentido e outro sentido.
Tão longe vai!
Tão longe se aveluda esse teu passo,
Asa que o ouvido anima...
E a câmara muda. E a sala muda, muda...
Afonamente rufa. A asa da rima
Paira-me no ar. Quedo-me como um Buda
Novo, um fantasma ao som que se aproxima.
Cresce-me a estante como quem sacuda
Um pesadelo de papéis acima...
.......................................................................
E abro a janela. Ainda a lua esfia
últimas notas trêmulas... O dia
Tarde florescerá pela montanha.
E oh! minha amada, o sentimento é cego...
Vês? Colaboram na saudade a aranha,
Patas de um gato e as asas de um morcego.
Pedro Kilkerry
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Verdades e mentiras
Consolo na Praia
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. In: Poesia Completa. Volume Único. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 2002.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Dom de Iludir
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é."
Caetano Veloso
Que desliza
as lupas desistem.
O túnel corre, interminável
pouco negro sem quebra
de estações.
Os passageiros nada adivinham.
Deixam correr
Não ficam negros
Deslizam na borracha
carinho discreto
pelo cansaço
que apenas se recosta
contra a transparente
escuridão.
CÉSAR, Ana Cristina. A Teus Pés. São Paulo: Editora Ática, 1998.