terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um João

João não era fabulista, mas a própria fábula. Desses amigos que não precisamos "fazer", pois os reconhecemos desde logo. Há uma espécie de energia em cada momento compartilhado e que às vezes não nos damos conta. Contigo foi diferente. Rápido, percebi. Por isso, continuarei pensando que virás ainda para mais uma "mão de vaca", uma visita ao Masp ou para irmos ao restaurante japonês. João, nesta terça-feira, o dia amanheceu, mas não para nós. Fica a sensação de que um cometa nos transpassou, iluminando-nos por alguns instantes e dizendo que a vida é possível, apesar de tudo, que nós passamos por ela e ela por nós, e que nela vale a pena ter alegria. Morre jovem o que os Deuses amam é um ensinamento muito antigo. Culparemos os deuses, então? Hoje, neste imenso e vazio agora, a pergunta já não nos cabe. Ficamos com nossa saudade, esta ausência tua para outra vida, para a mesma vida, a vida continuando no que você viveu. Você não se despediu, mas sabemos conosco que faltará a este mundo um pouco de tua alegria.

3 comentários:

Anônimo disse...

Arrasou!!!

Anônimo disse...

Massa! Merece uma profunda reflexão.

Anônimo disse...

Só vc mesmo Fê. Te amo!