A pedra.
A pedra no ar, que segui.
Teu olho, tão cego como a pedra.
Éramos
mãos,
esvaziamos a escuridão, encontramos
a palavra, que ascendia do verão:
flor.
Flor - uma palavra de cegos.
Teu olho e meu olho:
procuram
água.
Crescimento.
O coração: de parede a parede
se forma.
Uma palavra ainda, como esta, e os martelos
vibram ao ar livre.
CELAN, Paul. "Prisão da Palavra". In: Cristal. Tradução de Claudia Cavalcanti. São Paulo: Ed. Iluminuras, 1999.
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